sábado, 14 de junho de 2008

Ensaio sobre a ruptura

Pois bem, justo nesse meu momento “escrevendo” um amigo vem me falar no msn de um previsível final de relacionamento e eu pensei em como são tristes os finais, mesmo que seja previsível, que seja melhor assim, que não haja mais sentimentos.
Lembrei daquela frase do Caio F. “...eu tive tanto amor um dia " e penso que muito mais do que a ruptura, isso seja na verdade o mais triste, você ter uma coisa bonita, amor, paixão, qualquer tipo de afeto e de repente te arrancarem isso de alguma forma. E só sobrar raiva e mágoa e esse sentimento de perda daquilo que era só seu e tinha cara de eternidade. Pensar, repensar e não descobrir o momento exato em que tudo virou pó. Sim, porque deve haver um momento do “princípio do fim”, assim como há um momento em que você se dá conta disso. E você lembra quase rindo da vida que vocês idealizaram “juntos para sempre”. Ou talvez não tenham idealizado nada, talvez as coisas não chegaram a ser, talvez tenham sido muito menos do que imaginara e talvez você só tenha sofrido. E sozinho. E aí você se pergunta se tudo isso vale a pena. Vale. Você viveu, pode não ter sido feliz, ou pode não ter sido como queria, mas você viveu. E no final das contas, o que importa mesmo é estar vivo.
E além do mais, você precisa continuar a viver, estudar, trabalhar, ganhar a vida de alguma forma, tem os amigos, as festas e aí de repente vem outra pessoa, outra pessoa especial, e é tudo mágico outra vez. E você para de pensar nessas coisas. Ou não.

A culpa é da Cíntia. E do Yann Tiersen

Veja você. Eu era uma pessoa que tinha um blog, agora sou uma pessoa que faz TCC e conseqüentemente abandonou o tal blog que nunca teve futuro mesmo.
Pois eis que neste sábado à noite, enclausurada em casa pela dor de garganta e o frio, entrei por acaso no orkut de uma amiga e cliquei no link que tinha ali. Era o blog dela. E o último texto falava que as melhores idéias surgem ao se ouvir música instrumental, então eu, que incrivelmente não escutava nada no momento, pus o Yann Tiersen a trabalhar aqui. Continuei a ler as pequenas obras-primas da minha doce amiga cintilante e não é que me deu uma vontade de voltar a escrever aqui?
Se bem que “voltar a escrever aqui” soa quase como uma promessa, acho meio forte para mim que persisto em tão poucas coisas. Então escreverei aqui hoje. E talvez de novo nas férias de julho. Não prometo mais nada.

Claro que antes de escrever qualquer coisa li o que havia aqui e sim, continuo detestando o que escrevo. Mas em um esforço de assumir meus feitos, ou talvez por pura preguiça de criar um novo “diário virtual” resolvi seguir daqui mesmo. Mesmo porque leio meus textos e juro que são de outra pessoa. Não me reconheço mais neste espelho. Incrível como a gente muda em tão pouco tempo.